domingo, 20 de julho de 2025

Joey Ramone: A lenda punk que deu voz à rebeldia do rock

 


Joey Ramone foi muito mais que o vocalista dos Ramones — ele foi a alma do punk rock. Com seu estilo único, voz marcante e atitude antissistema, tornou-se um ícone eterno da música alternativa. Até hoje, sua presença é lembrada como símbolo da juventude rebelde que mudou a história do rock nos anos 70.


Quem foi Joey Ramone?

Nascido Jeffrey Ross Hyman em 19 de maio de 1951, no Queens, Nova York, Joey Ramone cresceu fascinado por música. Nos anos 70, fundou os Ramones, uma banda que rejeitava os solos complicados e o virtuosismo do rock progressivo, trazendo de volta a energia crua e simples do rock 'n' roll.


Jeffrey Ross Hyman



A formação dos Ramones

Os Ramones surgiram em 1974, com uma proposta clara: músicas curtas, rápidas e diretas. Os integrantes assumiram o “sobrenome” Ramone como parte do conceito visual e sonoro da banda:

  • Joey Ramone – vocal


Joey Ramone







  • Johnny Ramone – guitarra


Johnny Ramone







  • Dee Dee Ramone – baixo


Dee Dee Ramone







  • Tommy Ramone – bateria


Tommy Ramone


Eles são amplamente creditados por criar o punk rock como gênero musical.


Clássicos da discografia

1. Ramones (1976)

Ramones (1976)


O álbum de estreia que mudou tudo. Faixas como Blitzkrieg Bop, Judy Is a Punk e I Wanna Be Your Boyfriend definiram a essência do punk.




2. Rocket to Russia (1977)

Rocket to Russia (1977)


Mistura de punk e surf rock. Inclui Sheena Is a Punk Rocker e Rockaway Beach.




3. Road to Ruin (1978)

Road to Ruin (1978)


Introduziu elementos mais melódicos. Destaque para I Wanna Be Sedated.



4. End of the Century (1980)

End of the Century (1980)


Produzido por Phil Spector, trouxe sonoridade mais polida com Do You Remember Rock 'n' Roll Radio?.

Outros álbuns notáveis:

  • Too Tough to Die (1984)

  • ¡Adios Amigos! (1995) – último disco de estúdio da banda.


Joey Ramone solo

Após o fim dos Ramones, Joey lançou o disco "Don’t Worry About Me" em 2002 (póstumo), com músicas como What a Wonderful World e Maria Bartiromo, mostrando seu lado mais pessoal e reflexivo.

Don’t Worry About Me



 Morte e legado

Joey Ramone faleceu em 15 de abril de 2001, aos 49 anos, vítima de um linfoma. Sua morte foi sentida por fãs de todas as gerações, mas seu legado permanece vivo:

  • O dia 19 de maio foi oficialmente nomeado "Joey Ramone Day" em Nova York.

  • Uma rua no Queens foi batizada de Joey Ramone Place.

  • É considerado um dos vocalistas mais influentes da história do rock alternativo.


Por que Joey Ramone é tão importante?

  • Figura central do nascimento do punk rock

  • Influenciou bandas como Green Day, Nirvana, The Offspring, Rancid

  • Sua imagem — magro, alto, de óculos escuros e cabelo cobrindo o rosto — virou símbolo cultural

  • Representa a essência do "faça você mesmo" da música independente





Escrito: Yuri C. Antiqueira

sábado, 19 de julho de 2025

Supla: O Papito que Mistura Punk, Rock e Atitude no Brasil

Supla

 


 Quem é Supla?

Eduardo Smith de Vasconcelos Suplicy, conhecido como Supla, é uma das figuras mais carismáticas e excêntricas do rock nacional. Com seu visual irreverente, cabelo platinado e muita atitude punk, ele marcou gerações desde os anos 80 com um estilo que mistura punk rock, hardcore e até elementos da música brasileira.

Nascido em São Paulo, Supla é filho da senadora Marta Suplicy e do político Eduardo Suplicy. Mas, ao contrário da tradição política da família, ele escolheu os palcos como forma de expressão.


 Início da Carreira

Supla começou sua carreira no fim dos anos 70 com a banda Os Impossíveis, e logo depois integrou o grupo Zigue-Zague. Porém, foi com a banda Tokyo, formada em 1985, que ganhou projeção nacional. O Tokyo misturava punk com influências de new wave e lançou o disco Humanos (1986), que teve grande sucesso com faixas como "Garota de Berlim".




Banda Tokyo



Discografia de Supla

Supla possui uma carreira solo prolífica, com mais de 10 álbuns lançados. Destaques incluem:

  • Supla (1991)


Supla (1991)





  • Charada Brasileiro (2001)


Charada Brasileiro (2001)





  • Menina Mulher (2007)


Menina Mulher (2007)





  • Diga o Que Você Pensa (2016)


Diga o Que Você Pensa (2016)





  • Supla's Illegal (2022)


Supla's Illegal (2022)


Suas músicas falam sobre liberdade, rebeldia, amor e crítica social, com letras que alternam entre o português e o inglês, refletindo seu estilo globalizado e urbano.


Shows e Presença de Palco

Quem já viu um show do Supla sabe: é uma explosão de energia. Ele salta no palco, interage com o público, canta com paixão e sempre entrega uma performance intensa. Supla já se apresentou em festivais importantes, turnês internacionais e continua levando sua música para novos públicos, sempre mantendo seu espírito rebelde vivo.


Supla na Mídia

Além da música, Supla participou de diversos programas de TV, como reality shows e talk shows. Sua participação em Casa dos Artistas no início dos anos 2000 foi um marco de popularidade. Ele também apresenta programas e podcasts, reforçando seu papel como ícone cultural alternativo no Brasil.


Por que Supla é Importante para o Rock Nacional?

Supla representa a autenticidade e irreverência do rock brasileiro. Com mais de 40 anos de estrada, ele continua sendo um dos artistas mais criativos, imprevisíveis e fiéis à sua essência punk. Para quem ama música com identidade e atitude, Supla é referência obrigatória.





Escrito: Yuri C. Antiqueira

quarta-feira, 16 de julho de 2025

Mayhem: A banda mais controversa e influente do black metal norueguês


 

O Mayhem é uma das bandas mais icônicas, obscuras e controversas da história do rock extremo. Formada nos anos 80 na Noruega, foi pioneira do black metal norueguês e ficou mundialmente conhecida tanto por sua música agressiva quanto pelos eventos chocantes que cercaram sua trajetória.


Quem é o Mayhem?

Formada em 1984, em Oslo, por Euronymous (guitarra), Necrobutcher (baixo) e Manheim (bateria), o Mayhem rapidamente chamou atenção pela sonoridade crua, visual macabro e letras anticristãs e niilistas.

O nome da banda foi inspirado na música “Mayhem with Mercy” da banda Venom, outra influência chave no gênero.

Euronymous (guitarra)







Necrobutcher (baixo)






Manheim (bateria)


Tragédias e polêmicas

A história do Mayhem está marcada por episódios extremos que moldaram o imaginário do black metal:

💀 Dead (Per Yngve Ohlin)

Dead (Per Yngve Ohlin)


  • Vocalista de 1988 a 1991

  • Famoso por sua personalidade sombria, performances autoagressivas e visual cadáver (corpse paint)

  • Cometeu suicídio em 1991; o guitarrista Euronymous fotografou a cena antes de chamar ajuda. Essa imagem foi posteriormente usada como capa de um bootleg não autorizado (Dawn of the Black Hearts), chocando o mundo.


⚔️ O assassinato de Euronymous

O assassinato de Euronymous


  • Em 1993, Euronymous foi assassinado por Varg Vikernes (Burzum), que também tocava baixo na banda.

  • O crime foi motivado por disputas pessoais, ideológicas e financeiras, e tornou o Mayhem sinônimo de violência no black metal.


💿 Discografia essencial

1. De Mysteriis Dom Sathanas (1994)

De Mysteriis Dom Sathanas (1994)


Lançado após os eventos trágicos, é um marco do black metal. Riffs sinistros, atmosfera fria e uma aura de maldição cercam o álbum. Faixas icônicas: Freezing Moon, Pagan Fears, Life Eternal.



2. Grand Declaration of War (2000)

Grand Declaration of War (2000)


Mais experimental, com elementos progressivos e industriais.




3. Ordo Ad Chao (2007)

Ordo Ad Chao (2007)


Som denso, dissonante e atmosférico. Venceu o Spellemannprisen (o “Grammy norueguês”).




4. Esoteric Warfare (2014)

Esoteric Warfare (2014)


Crítico, agressivo e mais técnico.




5. Daemon (2019)

Daemon (2019)


Retorno ao espírito dos primeiros álbuns. Soa como uma homenagem ao legado de De Mysteriis Dom Sathanas.


Visual e estética

  • O corpse paint usado pela banda definiu o visual do black metal

  • Shows repletos de atmosfera ritualística, sangue falso e crânios reais

  • Letras abordam anticristianismo, ocultismo, guerra, caos e morte


Por que o Mayhem é tão importante?

  • Fundador da cena black metal norueguesa

  • Influenciou centenas de bandas no mundo todo

  • Criou o arquetípico visual e ideológico do gênero

  • Mesmo após polêmicas e tragédias, se manteve ativo com novos álbuns e turnês


black metal norueguesa










Escrito: Yuri C. Antiqueira

domingo, 6 de julho de 2025

Chris Cornell: A voz imortal do grunge e do rock alternativo

 

Chris Cornell


Chris Cornell é reconhecido como uma das maiores vozes da história do rock. Com seu alcance vocal impressionante, letras introspectivas e presença de palco marcante, ele marcou gerações como líder das bandas Soundgarden, Audioslave e em sua carreira solo. Sua trajetória é ao mesmo tempo brilhante e trágica — uma combinação que o transformou em ícone eterno do rock moderno.


Soundgarden






Audioslave



Quem foi Chris Cornell?

Nascido Christopher John Boyle, em Seattle, em 20 de julho de 1964, Cornell cresceu em meio à efervescente cena musical da cidade que se tornaria berço do grunge. Sua voz rouca, potente e melódica se tornou sua marca registrada, sendo amplamente considerada uma das mais versáteis do rock.


Soundgarden: pioneiros do grunge

Fundada em 1984, o Soundgarden foi uma das primeiras bandas do movimento grunge a assinar com uma grande gravadora. Cornell era o vocalista e compositor principal. A mistura de rock pesado, letras sombrias e melodias psicodélicas colocou o grupo entre os gigantes de Seattle.

🎧 Álbuns de destaque:

  • Badmotorfinger (1991) – Com músicas como Rusty Cage e Outshined.

Badmotorfinger (1991)







  • Superunknown (1994) – Considerado um clássico absoluto, com Black Hole Sun, Fell on Black Days e Spoonman.

Superunknown (1994)







  • Down on the Upside (1996) – Mais experimental, mantendo o sucesso da banda.

Down on the Upside (1996)


O Soundgarden se separou em 1997, mas retornou em 2010 com novos lançamentos e turnês.


 Audioslave: a fusão perfeita com o Rage Against the Machine

Após o fim do Soundgarden, Chris Cornell se juntou aos ex-integrantes do Rage Against the Machine (Tom Morello, Tim Commerford e Brad Wilk) para formar o Audioslave em 2001.

Rage Against the Machine


🧨 Destaques:

  • Cochise, Like a Stone, Show Me How to Live, Be Yourself

  • Mistura poderosa de rock alternativo, hard rock e letras existenciais

O Audioslave lançou três álbuns até sua dissolução em 2007, e chegou a se reunir brevemente em 2017.


 Carreira solo e lado mais pessoal

Cornell lançou vários álbuns solo, com sonoridades que variam entre o acústico, eletrônico e soul. Ele mostrou um lado mais íntimo, melódico e vulnerável, especialmente em músicas como:

  • Can’t Change Me

  • You Know My Name (tema do filme “007 – Cassino Royale”)

  • Nearly Forgot My Broken Heart

Seu álbum "Songbook" (2011), ao vivo e acústico, é uma prova de sua habilidade como intérprete emocional.


 Legado e morte

Chris Cornell faleceu em 18 de maio de 2017, aos 52 anos, em Detroit. Sua morte foi declarada como suicídio por enforcamento, gerando uma onda de homenagens e discussões sobre saúde mental no meio artístico.

Mesmo após sua partida, seu legado permanece vivo por meio de:

  • Tributos de artistas como Pearl Jam, Metallica, Foo Fighters, entre outros

  • O álbum póstumo No One Sings Like You Anymore (2020)

  • A fundação Chris and Vicky Cornell Foundation, que apoia crianças em risco


 Por que Chris Cornell é tão importante?

  • Dono de um dos maiores alcances vocais do rock (quase 4 oitavas)

  • Figura central do grunge junto a nomes como Kurt Cobain e Eddie Vedder

  • Conseguiu transitar entre o alternativo e o mainstream com autenticidade

  • Suas letras abordam angústias humanas, espiritualidade e superação





Chris Cornell foi mais que um vocalista — foi uma alma sensível que usou a música como válvula de expressão e conexão com o mundo. Sua voz ainda ecoa como um lembrete de que mesmo os gigantes do palco também enfrentam batalhas internas. Um artista eterno, cuja ausência só reforça a grandiosidade de sua obra.





Escrito: Yuri C. Antiqueira

sábado, 5 de julho de 2025

Linkin Park: A banda que revolucionou o nu metal e marcou gerações

Linkin Park

 

Poucas bandas conseguiram unir gêneros, emoções e multidões como o Linkin Park. Misturando rock pesado, rap, eletrônica e letras profundas, o grupo se tornou um dos maiores fenômenos musicais do final dos anos 90 e 2000, com milhões de fãs ao redor do mundo e um legado que segue vivo mesmo após a perda de seu vocalista Chester Bennington.


 Início: de garagens à fama global

O Linkin Park foi formado em 1996, em Agoura Hills, Califórnia, por:

  • Mike Shinoda – vocais/rap e instrumentos

Mike Shinoda vocais rap e instrumentos




  • Brad Delson – guitarra

Brad Delson  guitarra




  • Rob Bourdon – bateria

Rob Bourdon  bateria




  • Joe Hahn (Mr. Hahn) – DJ/sampler

Joe Hahn Mr Hahn DJ sampler




  • Dave "Phoenix" Farrell – baixo

Dave Phoenix Farrell  baixo




  • Chester Bennington – vocais (entrou em 1999)

Chester Bennington vocalista


Com uma sonoridade original que misturava metal alternativo com rap e elementos eletrônicos, a banda logo chamou a atenção da gravadora Warner Bros.


Discografia essencial

1. Hybrid Theory (2000)

Hybrid Theory (2000)


Um dos álbuns de estreia mais impactantes da história do rock. Com hits como In the End, Crawling e One Step Closer, vendeu mais de 30 milhões de cópias. Marco do nu metal.




2. Meteora (2003) 

Meteora (2003)


Seguiu o sucesso do primeiro álbum, com uma produção ainda mais poderosa. Destaques: Numb, Somewhere I Belong, Breaking the Habit, Faint.




3. Minutes to Midnight (2007)

Minutes to Midnight (2007)


Mudança de direção. Menos rap, mais rock alternativo e letras introspectivas. Inclui What I’ve Done, Bleed It Out e Shadow of the Day.




4. A Thousand Suns (2010)

A Thousand Suns (2010)


Álbum conceitual com forte influência eletrônica e crítica social. Experimental e polarizador, com músicas como Waiting for the End e The Catalyst.




5. Living Things (2012)

Living Things (2012)


Mistura do eletrônico com o rock tradicional da banda. Inclui Burn It Down.




6. The Hunting Party (2014)

The Hunting Party (2014)


Retorno ao som mais pesado. Faixas como Guilty All the Same e Final Masquerade mostram a agressividade renovada.




7. One More Light (2017)

One More Light (2017)


O álbum mais pop da carreira, com letras emocionais. Lançado pouco antes da trágica morte de Chester Bennington. Heavy e a faixa-título One More Light são marcantes.


Letras que tocaram milhões

O sucesso do Linkin Park também se deve às suas letras honestas e profundas, que falam sobre:

  • Dor emocional

  • Depressão e ansiedade

  • Perdas e conflitos internos

  • Superação e esperança

Essa conexão emocional fez com que a banda se tornasse um verdadeiro refúgio para jovens ao redor do mundo.


Chester Bennington: a voz de uma geração

Chester Bennington


Chester se tornou um símbolo do rock moderno com sua voz intensa, capaz de alternar entre gritos rasgados e melodias suaves. Sua morte em 20 de julho de 2017, aos 41 anos, causou uma enorme comoção no mundo da música.

O Linkin Park interrompeu as atividades, mas deixou um legado eterno de respeito, força e empatia.


 Curiosidades sobre a banda

  • O nome "Linkin Park" é uma brincadeira com "Lincoln Park", um parque real em Santa Monica, Califórnia.

  • A banda já venceu 2 Grammys e vendeu mais de 100 milhões de álbuns.

  • Chester também foi vocalista do Stone Temple Pilots por um breve período.

  • Mike Shinoda lançou o álbum solo Post Traumatic (2018), sobre o luto após a perda de Chester.

  • Em 2023, o single inédito Lost, com vocais antigos de Chester, foi lançado e emocionou os fãs.

Stone Temple Pilots






Post Traumatic (2018)






Por que o Linkin Park é tão importante?

  • Misturou gêneros e quebrou barreiras comerciais

  • Fez sucesso sem perder autenticidade

  • Conectou-se emocionalmente com os fãs

  • Influenciou dezenas de bandas novas

  • Evoluiu constantemente ao longo dos anos




Escrito: Yuri C. Antiqueira

Joey Ramone: A lenda punk que deu voz à rebeldia do rock

  Joey Ramone foi muito mais que o vocalista dos Ramones — ele foi a alma do punk rock . Com seu estilo único, voz marcante e atitude ant...